Propensão a se relacionar com parceiros controladores, tendência a bancar a ciumenta nos namoros, vocação para se meter em romances complicados e até abusivos. Não, você não tem "dedo podre" para os assuntos do coração, mas provavelmente aprendeu na infância padrões um tanto distorcidos sobre o amor. E, para rompê-los ou ressignificá-los, é preciso fazer uma espécie de "viagem ao passado" e tentar compreender o que aconteceu.A interação entre os nossos pais é o primeiro exemplo que recebemos sobre como funciona uma relação amorosa. A influência do relacionamento dos pais em nossas vidas é claríssima. Nossa tendência é repetir os modelos aprendidos, seja pela observação do comportamento, seja pelo que é verbalizado.E não é só o relacionamento em si bem com o tipo de vínculo que refletem nos filhos, mas também o lugar ocupado por cada um dos pais, como o pai machista e a mãe heroína-sofredora. No futuro, a menina pode repetir esse padrão da mulher infeliz e insatisfeita que só se queixa da vida, incutindo culpa nos outros, ou hostilizar veementemente um parceiro com tal perfil. Nos dois casos, ela estará apenas "reagindo" ao que assistiu e aprendeu.Comunicação violenta e tóxica, reclamações, ofensas, alfinetadas, ironia, cinismo são nocivos também. Traição, ciúmes e abandono deixam a marca de que não se pode confiar em ninguém, tornam a pessoa insegura, desconfiada e controladora. Estar em um relacionamento amoroso pode gerar muita ansiedade e medo. Pessoas com passado traumático tendem a ter muita dificuldade e sofrimento nos relacionamentos, buscam de forma inconsciente suprir as necessidades e carências da infância e preencher um vazio. Para quebrar esse padrão é importante exercitar autoconhecimento, que nos permite identificar quais são e como surgiram tais escolhas limitantes e, a partir daí, prestar mais atenção em sentimentos e pensamentos, inclusive com a ajuda de uma psicoterapia, para então compreende-los e ressignificá-los.
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