Rubens Pinheiro Alves, nasceu em Catanduva, numa família de nove irmãos. Seus pais Arnaldo Pinheiro Alves e Benedita dos Santos Alves mudaram-se em 1947 para São Paulo.Pinheiro teve uma infância muito difícil e aos 12 anos de idade, teve que abandonar os estudos que só froam complementados na Capital anos depois. Com 18 anos, ele era Congregado Mariano na Igreja de Santa Rita de Cássia, no bairro Alto do Pari e jogava futebol em vários clubes do bairro Vila Guilherme, mas sua paixão mesmo sempre foi o ciclismo.
Em 1962, Pinheiro já casado e pai de três filhos, morando em Pirassununga onde exercia a função de mestre de fundição passou a integrar a equipe de ciclismo da Usina São João e se consagrou campeão do estado de São Paulo e representou o Brasil em competições internacionais. Na biografia da história da Usina São João, Pinheiro Alves é lembrado como o símbolo do esporte amador em toda a história do grupo Ometto.
Começou no rádio fazendo programa de saudades, das 22h às 24 horas, na rádio Centenário de Araras.Cinco meses depois da estréia como apresentador de programa de saudades, aconteceu um crime na cidade e a direção da rádio mandou Pinheiro fazer a reportagem. E ele conta: “Anotei todos os detalhes, peguei o histórico da mulher assassinada pelo marido. Cheguei no microfone e comecei a contar a história... Sei que fui o primeiro narrador de histórias policiais e sabem por quê? Achava que falando, por exemplo... Na Vila São Pedro, marido mata mulher a tiros... eu tirava o mistério da história e os ouvintes já ficariam sabendo quem morreu e quem matou”.
Em 1968 Pinheiro foi convidado a trabalhar na Rádio Jornal do Povo e ali Pinheiro encontrou nomes que hoje fazem parte da história do rádio da cidade. João Valdir de Moraes, Reinaldo Grassi, Dario Romeu, Batista Petrelli, Amaro Cardoso, Edmundo Silva, Bigotto e Milton Pereira de Almeida. Até 1982, Pinheiro Alves comandava “Os Dramas da Cidade”, mas ainda em 1979, diretores da Rádio Globo de São Paulo o ouviam e ligaram para a Rádio Jornal.
Pinheiro foi convidado a fazer um teste na Globo em São Paulo, mas tinha que enfrentar Wagner Montes, Percival de Souza, Milton Parron e Jacinto Figueira, o “homem do sapato branco”, que também queriam a vaga deixada por Gil Gomes que acabara de se transferir para a Rádio Record. Ao vencer o teste, Pinheiro foi contratado pela Globo.
A trajetória de Pinheiro Alves na Globo estendeu-se até dezembro de 1982 quando a convite de Jurandir Paixão, Elza Tank e Marco Cover, o radialista filiou-se ao MDB, hoje PMDB, e elegeu-se vereador com quase 5 mil votos, num colégio eleitoral de pouco mais de 50 mil eleitores. Pinheiro continuou no rádio, na década de 80, a convite de Francisco Altimari transferiu-se para a Rádio Educadora e ali ficou até se aposentar em 2003. É colunista da Gazeta de Limeira há 10 anos.